quarta-feira, 30 de março de 2011

Pequenos prodígios


Os orientais têm a fama de serem dedicados e trabalhadores. A fama de que conseguem tudo através do esforço. Objetivos alcançados com treinamento contínuo. Então, como explicar cinco crianças, por volta de seus seis anos de idade, tocando violão com maestria? Eu realmente não sei em qual país nasceram, mas isso, realmente, não importa. O que nos interessa é o fato de que elas têm o dom, o talento lhes acompanha desde o berço. Não há outra explicação para tal feito. Há treinamento? Claro, com toda certeza, que há! Mas não se pode negar o fato de que os cinco anjinhos, mesmo que sob um rígido treinamento, são agraciados com a bênção divina. Coisa mais linda!
Vejam o vídeo:

Lenda oriental (Texto de Autor Desconhecido)


Conta uma lenda popular do Oriente que um jovem chegou a beira de um oásis junto a um povoado e aproximou-se de um velho e perguntou-lhe: "Que tipo de pessoa vive neste lugar?"

"Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem?", perguntou por sua vez o ancião. "Oh, um grupo de egoístas e malvados.", replicou o rapaz. "Estou satisfeito de haver saído de lá."

A isso, o velho replicou: "A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui." No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião, perguntou-lhe:
"Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem?" O rapaz respondeu: "um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las." "O mesmo encontrará por aqui.", respondeu o ancião.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho: "Como é possível dar respostas tão diferentes a mesma pergunta? Ao que o velho respondeu:
"Cada um carrega no seu coração o meio em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares onde passou, não encontrará outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter o controle absoluto.

MORAL DA HISTÓRIA: Coloque dentro de você a idéia do sucesso. O primeiro requisito essencial a todo homem para encontrar vida digna de ser vivida é ter uma atitude mental positiva

domingo, 27 de março de 2011

The Apples in Stereo: Eles têm um som diferente e muito bom.



Para quem ainda não conhece a banda estadunidense The Apples in Stereo, é bom ficar atento, apesar de a banda ser veterana o seu repertório ainda não é bastante conhecido. Uma pena, pois, trata-se de um repertório leve, diferente dos demais, e muito bom de ser ouvido, com letras cativantes que nos lembra músicas dos anos 60.

Banda americana de indie rock afiliada com o Elephant Six Collective, um grupo de bandas do qual fazem parte Neutral Milk Hotel, The Olivia Tremor Control e Of Montreal. É liderada pelo vocalista/guitarrista Robert Schneider, compositor da maior parte das músicas. Além dele, é claro, compõem o grupo: John Hill-guitarra; Eric Allen-baixo; Bill Doss-teclados; John Dufilho-bateria; John Ferguson vocal e teclados. Integrantes atuais da banda.

Talvez a sua música mais conhecida seja Energy, música que fez parte de um comercial da Pepsi no ano de 2009. Nela a mensagem dizia que era tempo de mudar. Simplesmente esplêndidos: o comercial e a música.

Discografia:

Álbuns de estúdio1995: Fun Trick Noisemaker

1997: Tone Soul Evolution

1999: Her Wallpaper Reverie

2000: The Discovery of a World Inside the Moone

2002: Velocity of Sound

2007: New Magnetic Wonder

2010: Travellers In Space and Time

Álbuns ao vivo2001: Live in Chicago

EPs1993: Tidal Wave 7"

1994: Hypnotic Suggestion EP

2000: Look Away + 4

2001: Let's Go!

Singles1994: The Olivia Tremor Control

1998: Man You Gotta Get Up

2000: Everybody Let Up

2000: The Bird That You Can't See

2002: Please

2002: That's Something I Do

2002: On Your Own

2006: Holiday Mood

2009: 'Energy

Coletâneas1996: Science Faire

2001: Sound Effects

2008: Electronic Projects for Musicians




sábado, 26 de março de 2011

Leonard Nimoy completa 80 anos.

Leonard Simon Nimoy (Boston, 26 de Março de 1931) é ator, diretor, poeta, pintor e fotógrafo estadunidense. Seu papel mais conhecido é como o Sr.Spock, das série de TVe nos filmes de Jornada nas Estrelas Star Trek. Também atuou na série clássica Missão: Impossível, nas temporadas de 1969-1971 e fez um epísódio da primeira temporada de Agente 86. Nimoy participou do episódio "O Gorila" da série "Bonanza", dirigido por James P. Yarbrough, em 17 de dezembro de 1960. Este senhor é um grande ícone da cultura POP mundial. Ao interpretar o personagem Spock com o qual personifica a razão em detrimento da emoção, a lógica acima dos sentimentos pessoais, ele ganhou um lugar entre os grandes atores do cinema mundial. Entretanto, Leonard, não se destacou apenas em Star Trek, foram vários papéis como os mencionados aqui. Vale a pena destacar a filmografia deste grande ator. Ele, em Star Trek, fez muitas gerações sonharem em viajar pelos espaço sideral. Muito bom!!!
Filmografia
1951 Rhubarb Young Ball Player 
1952 Kid Monk Baroni Paul 'Monk' Baroni 
Zombies of the Stratosphere Narab 
1953 Old Overland Trail Chief Black Hawk 
1954 Them! Army Sergeant 
1954 Dragnet Julius Carver & Karlo Rozwadowski (TV series) Episodes "The Big Boys" in 1954 & "The Big Name" in 1959.
1956 The West Point Story Tom Kennedy & ? (TV series) 2 episodes, "His Brother's Fist" (1956) & "Cold Peril" (1957)
1957 Highway Patrol Harry Wells, Ray (TV Series) 2 episodes, as Harry Wells in "Hot Dust" (1957) & Ray in "Blood Money" (1958)
1958 The Brain Eaters Professor Cole 
Sea Hunt Indio (TV series) 6 episodes (1958–1960)
1960 Bonanza Freddy (TV series) Episode "The Ape"
1961 The Twilight Zone Hansen (TV series) (Episode "A Quality of Mercy")
Rawhide Anko (TV series) Episode "Incident Before Black Pass"
1963 The Balcony Roger 
The Virginian Lt. Beldon M.D. (TV series) Episode "Man of Violence"
1964 The Outer Limits Konig (TV series) (Episode "Production and Decay of Strange Particles")
The Outer Limits Judson Ellis (TV series) (Episode "I, Robot")
The Man From U.N.C.L.E. Vladeck (TV series) Episode "The Project Strigas Affair"
1966 Get Smart Stryker (TV series) (Episode "The Dead Spy Scrawls")
Gunsmoke John Walking Fox (TV Series) (Episode "Treasure of John Walking Fox")
Daniel Boone Oontah (TV Series) (Episode "Seminole Territory")
 Deathwatch Jules LaFranc 
1966 Star Trek Mr. Spock
(1966–1969) (TV series) (79 episodes)
1969 Mission: Impossible Paris
(1969–1971) (TV series) (49 episodes)
1971 Catlow Miller 
1973 Baffled! Tom Kovack (TV)
Columbo: A Stitch in Crime Dr. Barry Mayfield (TV)
Star Trek: The Animated Series Mr. Spock
(1973–1974) (voice) (22 episodes)
1974 Rex Harrison Presents Stories of Love Mick (TV)
1976 In Search of... Narrator
(1976–1982) (TV series)
1978 Invasion of the Body Snatchers Dr. David Kibner 
1979 Star Trek: The Motion Picture Mr. Spock 
1981 Vincent Theo van Gogh (TV)
1982 A Woman Called Golda Morris Meyerson (TV)
Marco Polo Achmet (TV mini-series)
Star Trek II: The Wrath of Khan Captain Spock 
1983 T.J. Hooker Paul McGuire (TV Series) (Episode "Vengeance is Mine")
1984 Star Trek III: The Search for Spock Captain Spock 
The Sun Also Rises Count Mippipopolous (TV)
1986 The Transformers: The Movie Galvatron (voice)
Star Trek IV: The Voyage Home Captain Spock 
Faerie Tale Theatre The Evil Moroccan Magician (TV Series) (Episode "Aladdin and His Wonderful Lamp")
1989 Star Trek V: The Final Frontier Captain Spock 
1991 Never Forget Mel Mermelstein (TV)
Haunted Lives: True Ghost Stories Narrator (TV)
Star Trek: The Next Generation Ambassador Spock
(2 episodes) (TV series) (episodes "Unification: Part 1" & "Unification: Part 2")
Star Trek VI: The Undiscovered Country Captain Spock 
1993 The Halloween Tree Mr. Moundshroud (voice)
1994 The Pagemaster Dr. Henry Jekyll / Mr. Edward Hyde (voice)
1995 Bonanza: Under Attack Frank James (TV)
The Outer Limits Thomas Cutler (TV series) (episode "I, Robot")
Titanica Narrator (documentary)
1997 David Samuel (TV)
1998 Brave New World Mustapha Mond (TV)
2000 Seaman (video game) Narrator (video game)
Sinbad: Beyond the Veil of Mists Akron/Baraka/King Chandra (voice)
2001 Becker Professor Emmett Fowler (TV series) (episode "The TorMentor")
Atlantis: The Lost Empire King Kashekim Nedakh (voice)
2005 Civilization IV Narrator (video game), (voice)
2009 Star Trek Spock Prime 
Fringe Dr. William Bell (TV series) (four episodes – but only provided a voice-over in one of them)
Land of the Lost The Zarn (voice)
2010 Star Trek Online Mr. Spock (Narrator) (video game), (voice)
Kingdom Hearts Birth by Sleep Master Xehanort (video game), (voice)
Fringe Dr. William Bell (TV series) (episodes Over There parts one and two.)

Fonte:wikipédia

terça-feira, 22 de março de 2011

Uma homenagem a Jorge Ben Jor

Hoje, um grande músico e compositor completa 69 anos. Jorge Duílio Lima Meneses (Rio de Janeiro, 22 de março de 1942), conhecido como Jorge Ben e atualmente Jorge Ben Jor é um guitarrista, cantor e compositor popular brasileiro. Seu estilo característico possui diversos elementos, entre eles: rock and roll, samba, samba rock (termo que gosta de usar), bossa nova, jazz, maracatu, funk, ska e até mesmo hip hop, com letras que misturam humor e sátira, além de temas esotéricos. A música de Jorge Ben tem uma importância singular para a música brasileira, por incorporar elementos novos no suingue e na maneira de tocar violão, com características do rock, soul e funk norte-americanos. Além disso, influência árabes e africanas, oriundas de sua mãe, nascida na Etiópia.Influenciou o sambalanço e foi regravado e homenageado por inúmeros expoentes das novas gerações da música brasileira, como Mundo Livre S/A ("Samba Esquema Noise") e Belô Velloso, em "Amante Amado". Jorge foi único cantor brasileiro a ter uma música a circular entre as mais tocadas nos Estados Unidos da América.

Autor de músicas inesquecíveis, Jorge Bem Jor tem seu nome escrito entre os artistas que mudaram a história da música brasileira. Para ele vale a máxima: parece vinho, quanto mais velho melhor. Uma mistura de ritmos que agrada a quase todos os gostos. Eis aqui uma singela homenagem a esse grande artista brasileiro. Feliz aniversário Jorge.



Álbuns de estúdioSamba

Esquema Novo (1963)

Ben É Samba Bom (1964)

Sacundin Ben Samba (1964)

Big Ben (1965)

O Bidú: Silêncio no Brooklin (1967)

Jorge Ben (1969)

Força Bruta (1970)

Negro É Lindo (1971)

Ben (1972)

A Tábua de Esmeralda (1974)

Solta o Pavão (1975)

África Brasil (1976)

Salve Simpatia (1979)

Alô Alô, Como Vai? (1980)

Bem-vinda Amizade (1981)

Dádiva (1984)

Sonsual (1985)

Ben Brasil (1986)

Ben Jor (1989)

23 (1993)

Homo Sapiens (1995)

Músicas Para Tocar Em Elevador (1997)

Reactivus Amor Est (Turba Philosophorum) (2004)

Recuerdos de Asunción 443 (2007)

Álbuns ao vivo

On Stage (1972)

10 Anos Depois (1973)

Gil & Jorge: Ogum, Xangô (1975)

Jorge Ben à l'Olympia (1975)

Dal Vivo Al Sistina (1975)

A Banda do Zé Pretinho (1978)

Energia (1982)

Live in Rio (1992)

Mestres da MPB (1993)

Roda Viva (1995)

Acústico MTV (2002)


segunda-feira, 21 de março de 2011

Brasil abstém-se e acerta sobre a guerra civil na Líbia.

A diplomacia brasileira tem dado muitas cabeçadas ultimamente. Principalmente sob a gestão Lula. O Brasil primou por cometer erros absurdos. No tabuleiro internacional estivemos sempre do lado errado, acompanhados de figuras que não fazem por merecer deferência alguma. Ditadores, déspotas, tiranos e sanguinários; pode-se denominá-los com todos os adjetivos e substantivos que exemplificam bem a índole desses senhores, atualmente os seres mais vis da face da terra. Vis para as pessoas que respeitam os direitos humanos, pessoas que respeitam a vida.

Américas, África-subsaariana, Ásia e Oriente Médio; em todos os continentes citados o nosso apoio aos facínoras, era incondicional. Onde houvesse um déspota de plantão estávamos lá para bajular-lhe. O Brasil persegue uma cadeira permanente no conselho de segurança da ONO, mas sob a administração petista tornava-se cada vez mais distante de obter o tão almejado status. Kadafi, Fidel, Ahmadinejad e outros tantos espalhados em quatro continentes. Senhores que no passado até encontravam simpatizantes, mas agora só a esquerda xiita (radical) consegue ver em pessoas assim exemplos a serem seguidos.

Não creio que a intenção do governo brasileiro foi a de não tomar parte no teatro realizado no conselho de segurança da ONO. Tenho quase certeza de que os preceitos que levaram o Brasil a tomar a decisão correta tenham sido os mesmos que pautaram a administração anterior, o preceito básico de considerar todo e qualquer tirano um ícone da esquerda mundial. Um absurdo, pois sabemos que a grande maioria dos ditadores e regimes opressores são ultraconservadores. Mas a definição de esquerda, centro-esquerda, direita e centro-direita é um tanto confusa para a grande maioria das pessoas, haja vista que temos no Brasil quem considere o DEM e o PSDB partidos de direita, quando na verdade o DEM é de direita e o PSDB é de centro-esquerda. O mesmo se aplica ao PT, um partido que se tornou um grande emaranhado de doutrinas políticas, mas na verdade uma linha muito tênue o separa do PSDB. Em princípio há no Brasil dois partidos de centro-esquerda lutando pelo poder e, pasmem, auxiliados por dois partidos de direita; o DEM auxilia o PSDB e o PMDB auxilia o PT. Parece estranho, mas a verdade é essa, doa a que doer, e a verdade dói às vezes.

O Brasil acertou em cheio ao não participar desse jogo de cena. A alegação para intervenção foi que estaria ocorrendo um massacre de inocentes. Concordo, deve estar havendo massacres, mas de ambos os lados, é bom que se diga. A líbia está vivendo uma situação de guerra civil. Na guerra pelo poder, pessoas morrem e as mortes acontecem em ambos os lados. Se os principais interessados nessa intervenção estivessem preocupados com os inocentes, então teriam de intervir no Bahrain e no Yemem, melhor ainda, por que não intervieram em conflitos na África negra? Desculpem-me o termo racista, mas europeus e americanos se preocupam somente com um negro nesse mundo; o petróleo, o ouro negro. Na África-subsaariana há milhões sendo trucidados e morrendo sem razão, mas esse negro não tem valor comercial. Desculpem-me a franqueza.

A verdadeira razão pela qual decidiram atacar kadafi, todos sabemos qual é. Querem preservar o abastecimento de petróleo na Europa. Querem manter o preço do barril estável. O ser humano está em segundo plano nessa trama toda. Desta vez o Brasil está correto em não concordar. Todavia não devemos alimentar muitas esperanças em relação à queda de Kadafi, pois a liga árabe não está nada satisfeita com o desenrolar dessa novela. Os países muçulmanos temem que a onda de intromissões se alastre por todo o norte da África e vá bater às portas de nações mais ricas e poderosas, portanto o conflito pode acabar sem a tão esperada queda de Kadafi, o que querem os europeus é tão somente a garantia de abastecimento de combustível, preço aceitável e conforto para seus cidadãos.

Não faço defesa de ditador sanguinário, mas Kadfi está no poder até hoje porque sempre serviu aos interesses de americanos e europeus. Afinal de contas ele é um grande abastecedor de petróleo para a Europa. É o famoso me engana que eu gosto. Fazem isso com Kadafi e também com Hugo Chaves na América. Deixam que eles falem bobagens uma vez ou outra. Permitem que eles desrespeitem os direitos humanos, fecham os olhos e se fazem de moucos, desde que, os mesmos, continuem a lhes vender o tão sagrado ouro negro. O mundo é repleto de hipócritas e estamos em mais um momento de hipocrisia na história da humanidade.

Depois de tantas bizarrices cometidas por nossa diplomacia, agora houve um acerto, mesmo que a intenção não tenha sido nobre, pois apoiar Kadafi nunca será uma atitude nobre. Entretanto, sem querer, o Brasil escreveu certo por linhas tortas.

domingo, 20 de março de 2011

Num momento de nobreza, Dilma Rousseff foi gentil e elegante ao convidar seus antecessores para o almoço com Obama.

Desde que o PT assumiu o comando do país, no ano de 2003, não víamos ato tão nobre vindo de alguém da cúpula petista. Estou me referindo ao fato de a presidenta Dilma Rousseff ter convidado seus antecessores para participarem de um almoço realizado em 19/03. Almoço de suma importância para o Brasil, diplomaticamente falando. Para os americanos esse encontro pode não ser tão relevante assim, creio eu.

Segundo informações oficias somente Fernando Henrique Cardoso e Sarney aceitaram o convite. Durante oito anos o que se viu foi: Eu sou o “cara”, eu fiz isso, eu fiz aquilo, “como nunca antes na história deste país”, “este país recebeu uma herança maldita” e outras bobagens que não vale a pena mencionar. Mas com Dilma Rousseff a coisa parece ser diferente. Ela é mais discreta, comedida e com um simples ato demonstrou ser superior ao seu antecessor.

Com um simples convite Dilma saiu da mesmice petista. Ela por enquanto se coloca no patamar de um Suplicy ou de um Paulo Paim, homens que estão acima de seu partido. Antonio Palocci estava trilhando o mesmo caminho, mas num momento de desespero pôs tudo a perder no episódio do caseiro. Entretanto, a atual administração tem o DNA de Antonio Palocci. Ele, desde o começo, foi o membro mais equilibrado da equipe de Lula, e, sem sombra de dúvidas, o pilar que deu sustentabilidade ao governo passado. Palocci, juntamente com Suplicy, admitiu que Fernando Henrique Cardoso fora o responsável pelas reformas que deram respaldo ao crescimento brasileiro.

No atual momento político sou um opositor, já fui situação na era FHC, mas ser oposição não significa usar cabresto e criticar sempre. O debate político deve haver sempre. Todavia, o reconhecimento das virtudes de nossos adversários enriquece o processo democrático. Os políticos têm de pensar primeiramente no povo. Espero que a presidenta continue agindo dessa maneira. Presidenta surpreenda-me mais, o Brasil precisa de boas surpresas.

quarta-feira, 16 de março de 2011

A árvore dos problemas (Texto de Autor Desconhecido)

Esta é uma história de um homem que contratou um carpinteiro para ajudar a arrumar algumas coisas na sua fazenda.

O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil. O pneu da seu carro furou e ele deixou de ganhar uma hora de trabalho. A sua serra elétrica quebrou, ele cortou o dedo, e finalmente, no final do dia, o seu carro não funcionou.

O homem que contratou o carpinteiro ofereceu uma carona para casa e, durante o caminho, o carpinteiro não falou nada.

Quando chegaram a sua casa, o carpinteiro convidou o homem para entrar e conhecer a sua família. Quando os dois homens estavam se encaminhando para a porta da frente, o carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas dos galhos com as duas mãos. Depois de abrir a porta da sua casa, o carpinteiro transformou-se. Os traços tensos do seu rosto transformaram-se em um grande sorriso, e ele abraçou os seus filhos e beijou a sua esposa.

Um pouco mais tarde, o carpinteiro acompanhou a sua visita até o carro. Assim que eles passaram pela árvore, o homem perguntou por que ele havia tocado na planta antes de entrar em casa.

"Ah", respondeu o carpinteiro, "esta é a minha planta dos problemas.

"Eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho, mas estes problemas não devem chegar até os meus filhos e minha esposa. Então, toda noite, eu deixo os meus problemas nesta árvore quando chego em casa, e os pego no dia seguinte."

"E você quer saber de uma coisa? Toda manhã, quando eu volto para buscar os meus problemas, eles não são nem metade do que eu me lembro de ter deixado na noite anterior..."

sábado, 12 de março de 2011

Jim Carrey: Mais que um comediante, um grande ator.

O cinema mundial nos presenteou com talentos fantásticos no mundo da comédia. A começar pelo pioneiro do cinema; Charles Chaplin, grande visionário de sua época, atuava através de gestos e caricaturas, gestos magistrais que lhe deram fama e fortuna, e o transformaram num símbolo do cinema mundial. Vários talentos nos enchem os olhos, até hoje quando assistimos alguns destes memoráveis atores, as gargalhadas são inevitáveis. Não há como ficar impassível diante da atuação de um Peter Sellers em cenas de A Pantera Cor-de-rosa, ele faz o telespectador rir sem o menor esforço. Gene Wilder é um esplêndido intérprete, ator versátil, trabalhou em vários sucessos do cinema, o melhor deles; O Jovem Frankenstein, um filme magnífico, especialmente por sua atuação, ele está demais no papel de Frederick Frankonsteen, não há como explicar, a melhor maneira é assistir ao filme.

Para quem ainda não conhece Jerry Lewis, assistam ao sensacional O Professor Aloprado, nele Lewis expõe todo seu talento como comediante, seus trejeitos, caretas e muita versatilidade. Jim Carey encaixa-se perfeitamente na categoria ator comediante. Talvez ele seja o ator que mais se aproximou de Jerry Lewis, muitos tentaram, mas foi Jim Carrey o ator a se aproximar com maior perfeição da figura Jerry Lewis. Cada um dos atores citados aqui tem algo de especial na sua maneira de atuar, na maneira de cativar o público, no modo como conseguem emocionar quem fica diante de uma de suas obras.

Jim Carrey além de atuar em comédias, muitas vezes contestado pela crítica, destaca-se por seu grande talento como ator dramático. Ao atuar em dois filmes (Cine Majestic e Brilho Eterno de uma mente sem Lembranças) Jim Carrey entrou para o seleto clube de atores expressivos, saiu da categoria de canastrões para figurar entre os grandes. Jim Carrey, simplesmente magistral.


quarta-feira, 9 de março de 2011

O Rouxinol e a Rosa (Oscar Wilde)

- Ela disse que dançaria comigo se eu lhe trouxesse rosas vermelhas – lastimou-se o jovem Estudante -, porém em todo o meu jardim não existe uma única rosa vermelha.

De seu ninho no grande carvalho o Rouxinol ouviu-o, olhou por entre as folhagens e ficou pensando.

- Nem uma única rosa vermelha em todo meu jardim! – chorou o Estudante, e seus lindos olhos ficaram marejados de lágrimas. – Ai, como a felicidade depende de pequenas coisas! Já li tudo que escreveram os homens mas sábios, conheço todos os segredos da filosofia, mas por falta de uma rosa vermelha minha vida esta desgraçada.

- Finalmente encontro um verdadeiro amante – disse o Rouxinol. – Tenho cantado esse ser noite após noite, mesmo sem conhecê-lo: noite após noite contei sua história às estrelas, e só agora o encontrei. Seus cabelos são escuros como a flor de jacinto, e seus lábios rubros como a rosa de seus desejos, porém a paixão tornou seu rosto pálido como marfim e a tristeza selou sua testa.

- O Príncipe dá um baile amanhã à noite – murmurou o jovem Estudante -, e o meu amor estará entre os presentes. Se eu lhe levar uma rosa vermelha ela dançará comigo até de madrugada. Se eu lhe der uma rosa vermelha eu a terei em meus braços, e ela deitará sua cabeça sobre o meu ombro, com sua mão presa na minha. Mas não há uma única rosa vermelha em meu jardim, de modo que ficarei abandonado em meu lugar e ela há de passar por mim. Ela nem irá me notar, e meu coração ficará partido.

- Aí está, de fato, um verdadeiro amante – disse o Rouxinol. – Ele sofre tudo o que eu canto: o que é alegria em mim, para ele é dor. Sem dúvida o amor é uma coisa maravilhosa. Ele é mais precioso do que a esmeralda e mais refinado que a opala. Nem pérolas e nem granadas podem comprar, e nem é ele exposto nos mercados. Ninguém pode comprá-lo de mercadores, nem pode ser pesado nas balanças feitas para pesar ouro.

- os músicos vão ficar em sua galeria – disse o jovem Estudante. – Tocarão seus instrumentos de cordas, e o meu amor dançará ao som da harpa e do violino. Ela irá dançar com tal leveza que seus pés nem tocarão o chão, e os cortesãos, com suas roupas alegres, ficarão amontoados em volta dela. Porém comigo ela não irá dançar, porque não lhe dei uma rosa vermelha – e atirou-se na relva, enterrou o rosto entre as mãos, e chorou.

- Por que é que ele esta chorando? – perguntou o Lagartinho Verde, ao passar por ele com o rabinho empinado par ao ar.

- Por que será? – disse a Borboleta, que estava esvoaçando atrás de um raio de sol.

- É mesmo, por que será? – sussurrou uma Margarida a seu vizinho, com uma voz suave e baixinha.

- Está chorando por uma rosa vermelha – disse o Rouxinol.

Mas o Rouxinol compreendeu o segredo da tristeza do Estudante, e ficou em silêncio debaixo do carvalho, pensando sobre o mistério do Amor.

Repentinamente ele abriu as asas para voar e subiu para os ares, passando pelo bosque como uma sombra e, como uma sombra, deslizar através do jardim.

Bem no centro do gramado havia uma linda Roseira e, ao vê-la, o Rouxinol voou para ela e pousou em um ramo.

- Dê-me uma rosa vermelha – exclamou ele – que eu lhe cantarei minha mais doce canção.

Mas a roseira não estava interessada.

- Minhas rosas são brancas – respondeu. – Brancas como a espuma do mar, e mais brancas do que a neve das montanhas. Mas vá até minha irmã que cresce junto ao relógio de sol, que talvez ela lhe dê o que quer.

E então o Rouxinol voou para a Roseira que crescia ao lado do velho relógio de sol.

- Se você me der uma rosa vermelha – gritou ele -, eu canto para você minha mais doce canção.

Mas a Roseira sacudiu a cabeça.

- Minhas rosas são amarelas – respondeu ela -, tão amarelas quanto os cabelos da sereia em um trono de âmbar, e mais amarelas do que os junquilhos que florescem no campo do ceifador aparecer com sua foice. Mas pode ir até a minha irmã que cresce debaixo da janela do Estudante, que talvez ela lhe dê o que está procurando.

E então o Rouxinol voou até a Roseira que crescia debaixo da janela do Estudante.

Se você me der uma rosa vermelha – gritou ele -, eu canto para você minha mais doce canção.

Mas a Roseira sacudiu a cabeça.

Minhas rosas são vermelhas – respondeu ela -, vermelhas como os pés da bomba e mais vermelhas do que os grandes leques de coral que abanam sem parar nas cavernas do oceano. Mas o inverno congelou minhas veias, a geada cortou meus botões, a tempestade quebrou meus galhos, e não terei uma só rosa este ano.

- Eu só quero uma rosa – gritou o Rouxinol. – Apenas um rosa vermelha! Não haverá nenhum jeito de consegui-la?

- Só há um – respondeu a Roseira -, mas é tão terrível que não ouso contar.

- Pode contar – disse o Rouxinol -, eu não tenho medo.

Se quiser uma rosa vermelha – disse a Roseira -. você terá de construí-la de música ao luar, tingindo-a com o sangue do seu próprio coração. Terá de cantar para mim com seu peito de encontro a um espinho. Terá de cantar para mim a noite inteira, e o espinho terá de furar o seu coração, e o sangue que o mantém vivo terá de correr para minhas veias, transformando-se em meu sangue.

- A morte é um preço alto para se pagar por uma rosa vermelha – exclamou o Rouxinol -, e a Vida é muito cara a todos. É tão agradável ficar parado no bosque verde, olhar o Sol em seu carro de ouro, e Lua em seu carro de pérolas. Doce é o perfume do pilriteiro, doces são as campânulas que se escondem no vale, e as urzes que balançam nas colinas. No entanto, o Amor é melhor do que a Vida, e o que é o coração de um passarinho comparado como o coração de um homem?

Com isso, ele abriu as asas e lançou vôo para os ares. Passou célebre sobre o jardim e como uma sombra deslizou pelo bosque.

O jovem Estudante ainda estava deitado na relva, onde ele o havia deixado, e as lágrimas nem haviam secado de seu lindo rosto.

- Fique contente – cantou-lhe o Rouxinol – fique contente. Você terá sua rosa vermelha. Eu a construirei com minha música ao luar, tingindo-a com o sangue do meu próprio coração. E só o que peço em troca é que você seja um amante fiel e verdadeiro, pois o Amor é mais sábio do que a Filosofia, embora ela seja sábia, e mais poderoso do que o Poder, embora este seja poderoso. Cor das chamas são suas asas, e cor das chamas é o seu corpo. Seus lábios são doces como o mel, seu hálito como o incenso.

O Estudante olhou para o alto e ouviu, mas não compreendeu o que o Rouxinol dizia, porque só conhecia as coisas que vêm escritas nos livros. Mas o Carvalho compreendeu e ficou triste, porque gostava muito do Rouxinol, cuja família tinha ninho em seus ramos.

- Cante-me uma última canção – sussurrou ele -,vou sentir-me tão só quando você se for.

Então o Rouxinol cantou par ao Carvalho, e sua voz parecia a água quando sai saltitando de um jarro de prata.

Quando a canção acabou, o Estudante se levantou e tirou do bolso um caderninho de notas e um lápis.

- Ele tem forma – disse para si mesmo, enquanto caminhava pelo bosque -, isso ninguém pode negar. Mas será que tem sentimentos? Temo que não. Na verdade, deve ser como a maioria dos artistas: é todo estilo, sem qualquer sinceridade. Ela jamais se sacrificaria pelos outros. Só pensa em música, e todo mundo sabe que as artes são egoístas. Mesmo assim, é preciso admitir que a sua voz tem algumas notas lindas. Que pena não significarem, nem qualquer utilidade.

E foi para o seu quarto, onde se deitou em seu pequeno catre e, depois de pensar por algum tempo em sua amada, adormeceu.

Quando a lua começou a brilhar no céu, o Rouxinol voou para a Roseira e encostou o peito no espinho. Durante toda a noite ele cantou, como o peito no espinho, enquanto a fria Lua de cristal curvara-se para ouvir. Ele cantou a noite inteira e o espinho entrava cada vez mais fundo em eu peito, enquanto seu sangue escorria para fora.

Primeiro ele cantou sobre o nascimento do amor no coração de um rapaz e uma moça. E no ramo mais alto da Roseira foi florescendo uma rosa maravilhosa, pétala por pétala, à medida que uma canção seguia outra. A princípio ela era pálida como a névoa que parira sobre o rio, pálida como os pés da manhã e prateada como as asas da madrugada. Como a sombra de uma rosa em um espelho de prata. Como a sombra de uma rosa em uma lagoa, assim era a rosa que floresceu no ramo mais alto da Roseira.

Mas a Roseira ficava gritando para o Rouxinol se apertar cada vez mais de encontro ao espinho.

- Aperta mais, Rouxinol! – gritava a Roseira -, se não o dia chega antes que a rosa esteja pronta.

E o Rouxinol fazia cada vez mais pressão contra o espinho, e cantava cada vez mais alto, pois estava cantando o nascimento da paixão entre a alma de um homem e uma donzela.

E um delicado enrubescer rosado apareceu nas folhas da rosa, como o enrubescer no rosto do noivo quando beija os lábios da noiva. Mas o espinho ainda não havia atingido o coração, de modo que o coração da rosa permanecia branco, pois só o sangue do coração de um Rouxinol pode deixar rubro o coração de uma rosa.

E a Roseira gritava para o Rouxinol enfiar mais e mais o peito de encontro ao espinho.

- Mais ainda, pequeno Rouxinol – gritava a Roseira -, se não o dia chega antes de a rosa estar pronta.

E o Rouxinol foi se apertando cada vez mais de encontro ao espinho, e o espinho tocou-lhe o coração, e um terrível golpe de dor passou por toda a avezinha. A dor era horrível, horrível, e a canção foi ficando cada vez mais enlouquecida, pois agora ele cantava o Amor que ficava perfeito com a Morte, o Amor que não morre no túmulo.

E a rosa maravilhosa ficou rubra, como a rosa do céu do oriente. Rubro era todo o círculo de pétalas, e rubro como um rubi era seu coração.

Mas a voz do Rouxinol foi ficando mais fraca, suas asinhas começaram a se debater, e uma névoa cobriu seus olhos. Cada vez mais fraca foi ficando sua canção, e ele sentiu alguma coisa que sufocava sua garganta.

E então ele soltou uma última porção de música. A Lua branca ouvi-a e se esqueceu da madrugada, ficando no céu. A rosa também ouviu, estremeceu toda em êxtase, e abriu suas pétalas ao ar frio da manhã. O eco levou-a até sua caverna púrpura nas colinas e despertou de seus sonhos os pastores que dormiam. Ela flutuou até os juncos do rio, e estes levaram a mensagem par ao mar.

- Veja, veja! – gritou a Roseira. – Agora a Rosa está pronta.

Mas o Rouxinol não respondeu, pois tinha caído morto no meio da relva, com o espinho atravessado no peito.

Ao meio-dia o Estudante abriu sua janela e olhou para fora.

- Ora, mas que sorte maravilhosa! – exclamou ele. – Eis ali uma rosa vermelha! Jamais vi rosa como essa em toda a minha vida. É tão bonita que estou certo de que deve ter algum nome em latim! – e, debruçando-se, colheu-a

Depois ele botou o chapéu e correu para a casa do Professor, com a rosa na mão.

A filha do Professor estava sentada na porta, enrolando um fio de seda azul em um novelo, como o cachorrinho deitado a sues pés.

Você disse que dançaria comigo se eu lhe trouxesse um a rosa vermelha – exclamou o Estudante. – Aqui está a rosa mais vermelha do mundo inteiro. Use-a junto ao seu coração hoje à noite, e enquanto estivermos dançando eu lhe direi o quanto a amo.

Mas a moça franziu o cenho.

- Receio que ela não combine com o meu vestido, respondeu. – E, além do mais, o sobrinho do Camerlengo mandou-me uma jóia de verdade, e todos sabem que as jóias custam muito mais do que as flores.

- Você é muito ingrata. – disse o Estudante com raiva, e atirou a rosa na rua, onde ela caiu em uma sarjeta e uma carroça acabou passando por cima.

- Ingrata? – disse a moça. – Pois fique sabendo que você é muito rude e, afinal, quem é você? Apenas um estudante. Ora, não creio sequer que tenha fivelas de prata para seus sapatos, como as que tem o sobrinho do Camerlengo – e, levantando-se de sua cadeira, entrou na casa.

- Que coisa tola é o amor! – disse o Estudante, enquanto se afastava. – Não tem a metade da utilidade da Lógica, pois não prova nada, e fica sempre dizendo a todo mundo coisas que não vão acontecer, fazendo com que acreditemos em coisas que não são verdade. Enfim, não é nada prático e, como hoje em dia ser prático é o importante, vou voltar à Filosofia e estudar Metafísica.

E voltou para seu quarto, onde pegou um enorme livro todo empoeirado e começou a ler.

A espinha do diabo (Guillermo Del Toro)

Quem já assistiu a algum filme de Guillermo Del Toro, especialmente O Labirinto de Fauno, vai adorar A Espinha do Diabo. No filme em questão o competentíssimo cineasta mexicano expõe todas as suas qualidades. Filme de horror atmosférico, mistura de fantasia, próximo do cinema fantástico, magistral por seu enredo bem-feito, ele sabe como ninguém dar um sentido aos filmes em que a fantasia e a realidade se confundem.

Vale a pena separar 106 min. de seu tempo e apreciar esta pequena obra de arte. Talvez não seja o melhor filme de Guillermo Del Toro, Cronos parece-me melhor, mas esta é uma ficção digna dos melhores clássicos de horror do cinema, sem ser trash ou maçante.

A história passa-se em território espanhol. Carlos (Fernando Tielve) com 12 anos de idade, durante a Guerra Civil Espanhola, é abandonado no decadente orfanato de Santa Lúcia, dirigido pela deficiente física Carmen (Marisa Paredes) e pelo misterioso professor Casares (Federico Luppi). Carlos é recebido com hostilidade e violência pelas outras crianças do orfanato e pelo cruel funcionário Jacinto (Eduardo Noriega), às escuras dependências da nova casa representam horror e mistério para o garoto. Enfim ele recebe a visita do fantasma de Santi (Junio Valverde), um menino que foi brutalmente assassinado na instituição que implora alívio para seu tormento e, mais tarde, o alerta para a iminência de uma grande desgraça. Não conto tudo, o fim da trama deixo para meus leitores. Como já citado, o desenrolar é bom, dá para assistir a um ótimo filme de horror sem cair na mesmice.


Trailer

segunda-feira, 7 de março de 2011

A HISTORIA DE EVA (Regina Caldas)




















Ela permanece acocorada sobre a mesma pedra,

Todos os dias, é milenar a sua vigília!

De onde se encontra, pousa o plácido olhar

Sobre a planície, e alem, divisa os contornos azulados

Dos montes ao redor...

Ela assim permanece, enquanto a noite chega

E impregna de temores o seu ser...

Ao lado, muito próximo, ela ouve o arfar do homem,

Que se interpõe entre o silencio e a solidão.

Atrás de si estão as florestas,

Caminhos estreitos esquecidos na memória,

Um dia transpostos por ordem incompreendida

De um Ser Supremo que a expulsou do paraíso.



Ela permanece acocorada sobre a mesma pedra,

Todos os dias, não sabe o que fazer de si!

Guarda na memória lembranças que atormentam,

Lá distante, o uivo dos lobos..

No azul escuro, muito próximas,

Um céu cheio de luzes..

Criam lendas e sonhos,

Arrastam o seu ser por caminhos sempre iguais..

Temerosa ela se afasta das pedras,

Em busca do leito de dores,

E as suas mãos trêmulas buscam a fonte do amor,

E o corpo se aconchega no calor que desprende do outro.



Na madrugada, estrelas que se desvanecem

No branco do alvorecer.

Das matas chega o uivo dos lobos,

Enquanto o gérmen da vida é lançado sobre a terra,

Semente do bem e do mal.



A mulher, acocorada sobre a mesma pedra,

Não compreende porque as suas mãos ansiosas

Insistem em deslizar sobre o corpo volumoso

Que geme de dor e pulsa de alegria..

Ela descansa o olhar sereno no horizonte,

Nada sabe! Mas sente e intui

Lá adiante, no futuro,

Três seres dar-se-ão as mãos,

Juntos iniciam a monumental tarefa

De gerar a vida, povoar a terra,

Plantar, colher, e através dos séculos,

Registrar a história humana que se estende pelo tempo.



Acocorada sobre a mesma pedra, a mulher

Entoa as cantigas de roda, e além,

Arco e flecha nas mãos, o homem parte para as batalhas

Ou segue atrás das caças.

Ela, sem nada compreender,

Indaga das bruxas que rondam a noite,

O que será de si, o que será do futuro..

Passa o tempo e não obtém respostas.

Continua a mesma, acocorada sobre as pedras,

Os navios partem e retornam,

O peixe é despejado sobre a areia,

Seres pequeninos se aconchegam em seu colo

E se alimentam do bálsamo das suas mãos.

Enquanto ela, não comunga com os hinos dos vitoriosos,

Ela só almeja a paz, tem os pés no chão,

Tem a prole para cuidar.

Só almeja a luz do dia para se espelhar no olhar

Dos seus eternos pequeninos.



A mulher, acocorada sobre a mesma pedra,

Descobre entre as estrelas os sonhos que projeta,

Filetes de carne esculpidos pelas longas noites de espera,

E os longos dias de dores.

A sua alma, tímida pomba prisioneira em seu corpo,

Está solitária, eles partiram e ela não compreende porque.

Suas indagações continuam as mesmas,

Enquanto suas mãos jorram feixes de luz sobre o futuro,

Ela é a matriz, abre os caminhos por instinto.

Ela repousa sobre a mesma pedra,

Carregando dentro do corpo,

E carregando dentro da alma,

Os mistérios.

A mulher, bendita esperança, a Mulher.



Regina Caldas/14-07-88

domingo, 6 de março de 2011

O lenhador e a raposa (Texto de Autor Desconhecido)

Um lenhador acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele tinha um filho lindo de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança. Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do bebê. Ao anoitecer, a raposa ficava feliz com a sua chegada.

Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem, e portanto não era um animal confiável, e quando sentisse fome comeria a criança. O lenhador dizia que isso era uma grande bobagem, pois a raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam: “Lenhador, abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. Quando ela sentir fome vai comer seu filho!”

Um dia o lenhador, exausto do trabalho e cansado desses comentários, chegou em casa e viu a raposa sorrindo como sempre, com sua boca totalmente ensangüentada. O lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, acertou um machado na cabeça da raposa. Desesperado, entrou correndo no quarto. Encontrou seu filho no berço, dormindo tranqüilamente, e ao lado do berço uma cobra morta.

Ele não pensou duas vezes...

quinta-feira, 3 de março de 2011

As sete maravilhas do mundo (Texto de Autor Desconhecido)

Um grupo de estudantes estudava as sete maravilhas do mundo. No final da aula, foi pedido aos estudantes que fizessem uma lista do que consideravam as sete maravilhas. Embora houvesse algum desacordo, começaram os votos:

O Taj Mahal
A Muralha da China
O Canal do Panamá
As pirâmides do Egito
O Grand Canyon
O Empire State Building
A Basília de S. Pedro

Ao recolher os votos, o professor notou uma estudante muito quieta.
A menina, não tinha virado sua folha ainda.
O professor então perguntou a ela se tinha problemas com sua lista.
A menina quieta respondeu:
- Sim, um pouco. Eu não consigo fazer a lista, porque são muitos.
O professor disse:
- Bem, diga-nos o que você já tem e talvez nós possamos ajudá-la.
A menina hesitou, então leu:
- Eu penso que as sete maravilhas do mundo sejam:

1 - Ver
2 - Ouvir
3 - Tocar
2 - Provar
5 - Sentir
6 - Rir
7 - E amar ...

A sala então ficou completamente em silêncio...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tiririca sofre preconceito por participar da Comissão de Educação e Cultura na Câmara

O deputado mais votado do Brasil em 2010, Francisco Everaldo Oliveira Silva, o Tiririca, disse em entrevista ao UOL Notícias, que se sente vítima de preconceito. Preconceito vindo da imprensa e até de alguns colegas de casa. Afirmou, também, que já esperava uma repercussão negativa devido a sua indicação para compor a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados.

Talvez seja apenas desconfiança do nobre deputado. Entretanto, com o histórico brasileiro em relação ao preconceito entre classes, a desconfiança torna-se a mais pura verdade. Um homem que não prima pelo seu português escorreito, pelos bons modos, pela elegância. Um homem que não cursou faculdade, não possui nem ao menos diploma do ensino médio. Um homem que veio da classe E. Enfim, um homem que preenche todos os requisitos básicos para ser discriminado em nossa sociedade. Preconceito, ainda mais se tratando de nossos nobres deputados, uma casta que representa tudo de bom e de ruim que há em nossa sociedade.

Portanto, não seria nada anormal se Tiririca sofresse algum tipo de preconceito numa casa em que seus membros se julgam a nata da sociedade, mesmo que saibamos não ser esse o caso. Num país em que um negro é maltratado pela polícia, e por um simples motivo, por ser ele um negro. Num país em que os pobres e analfabetos são vistos como cidadãos de segunda, aquele cidadão que lhe é negado o mesmo direito concedido ao cidadão branco e alfabetizado. Um simples exemplo define muito bem como no Brasil há diferença entre classes; Vivemos décadas com um código penal em que os cidadãos formados com nível superior têm direita à cela especial. Mas nem tudo está perdido, mudaram o código, graças a Deus!

Se há algum preconceito contra o nobre deputado lá no congresso? Bem, eu não, mas também não duvido. Porém, em nossa sociedade há preconceito e muito. As redes socias são os espelhos do povo, pelo menos da maioria. A maioria que estudou ou que se julga mais capaz que o deputado Tiririca. O twitter é emblemático. Com a indicação de Tiririca para a tal comissão surgiram frases com as mais variadas formas de preconceito em relação a sua condição de semianalfabeto. É lamentável, mas o preconceito em relação aos mais humildes existe e com uma intensidade gigantesca.

O argumento principal é a falta de capacidade para desempenhar as funções de um deputado federal. Surgem idéias absurdas e que são contrárias aos princípios democráticos. Muitas vezes essas idéias surgem de onde menos podemos esperar, elas vêm de pessoas que se dizem democratas. Eu li no twitter que se deveria criar uma lei que proibisse analfabetos e semianalfabetos de disputarem eleições em nosso país. A Liberdade, a igualdade e a fraternidade serão jogadas na lata do lixo se uma lei tosca como essa entrar em vigor. Um representante do povo não é um candidato qualquer, alguém que está concorrendo a uma simples vaga de emprego. Para quase todos os empregos exige-se alguma qualificação para que o candidato seja considerado apto ao trabalho, mas, para cargos eletivos, esse modelo de avaliação não é válido. Para ser um representante do povo, o cidadão tem de ser ético, cumpridor de seus deveres, estar em dia com suas obrigações de eleitor e o principal, ser escolhido pelo povo como seu representante. Portanto, o médico, o mecânico, o professor, o artista, a modelo, o escritor, o padeiro, a gari, enfim, todos os cidadãos são dignos de sentar-se numa cadeira do congresso, desde que sejam cidadãos de bem e que se utilizem principalmente de bom senso e respeitem os seus eleitores, pois, eu prefiro mil vezes o Tiririca no lugar de José Genuíno. E vocês, o que preferem?

Os políticos são o espelho da sociedade.

      O nosso problema não está no fato de o país ser unitário ou federado, de ele ser república ou monarquia, de ele ser presidenciali...